24 de jul. de 2010

esses dias me peguei superlotando meu coração com sentimentos que me trouxeram dúvidas...
mas o amor não admite dúvidas! e realmente não estou falando de relacionamentos conjugais.

oops, a página foi virada!
foi criado o mais novo e bem elaborado kit de salvamento, por mim obviamente.
e para evitar que venham citar o teor de ceticismo e frieza contida na estratégia eu apresento o outro lado da moeda, todo o histórico vivido e que me fez chegar até aí.
são algumas porções de passos em falso, convivendo com pessoas desnecessárias e algumas situações de dedicação jogadas no lixo. foram meses de tentativas, idas e vindas, falhas, (im)paciência, prazos, calmantes, choro, tempo... enfim, todo o capítulo 10, intitulado "mais uma experiência", da minha auto-biografia.
a minha doce tragédia que com muito esforço, hoje, não se cria mais aqui dentro de mim; as raízes foram arrancadas por calos muito bem desenvolvidos.
mesmo ciente da minha vulnerabilidade diante do acaso, do destino, do futuro, eu tomo a minha dose diária de prevenção quando me desprendo das expectativas de verdadeiras palavras e atos.
eu continuo a viver com paixão, no entanto com muito mais equilíbrio nessa nova composição.
eu continuo achando algumas pessoas interessantes, porém não fico mais idealizando a performance delas na minha vida.
já não perco mais tanto tempo em prol de pessoas vazias e menos ainda engulo sapos, jacarés e até os grandes dinossauros pelo receio de ser vista como uma bruxa.
eu não me tornei um ser independente do calor, da sinceridade, da amizade e de tudo aquilo que possa parecer romântico e puro, eu simplesmente parei de agir com tanta devoção aos não devotos de mim.
agora eu consigo trabalhar com a idéia de que as "coisas" podem e talvez até devam ter o seu tempo determinado. e que eu sim, preciso viver feliz pra sempre, até que a morte me separe do mundo real.
logo, não precisas desistir da idéia de tentar consertar os teus erros comigo. algumas pessoas passam a não mais fazer parte dos meus planos pois agora o relacionamento que tenho comigo mesma é algo inabalável. você precisará de muita força para me alcançar, afinal, todos dizem que sou forte. E por que não ser?
tudo começa mais de uma vez, e agora começa tudo de novo...


" A ousadia é, depois da prudência, uma condição especial da nossa felicidade." Arthur Schopenhauer

23 de jul. de 2010

toda panela tem sua tampa




o problema é que as tampas se perdem na mudança...





ah... triste são as frigideiras que não possuem tampas... nem para perdê-las...



Tomar decisões para algumas pessoas é difícil... Para mim é muito difícil, me dá uma insegurança no depois, seja que decisão for, nunca é fácil. Ninguém sabe o que virá amanhã, é verdade, mas quem é super seguro de si e não tem medo do desconhecido? Pra sofrer basta ter sentimentos; e nem emprego é 100% garantido... Nunca se sabe quando vem o "corte de despesas". No fundo, a gente nunca sabe de nada do futuro e essa incerteza é o que mata.
Começar um namoro com alguém que você pouco conhece, ou com alguém que você conhece muito e não quer magoar/ser magoado; terminar uma relação onde você já foi muito feliz, trocar de país, fazer novos amigos, morrer de saudade da família. A gente não sabe. Por isso que a gente tem medo.
Mas mesmo tendo medo, não dá pra desistir. O certo é arriscar, tentar quantas vezes forem necessárias, uma hora dá certo.
E quanto aos conselhos fofos em e-mails longos e coloridos... Isso não adianta de nada. Opinião cada um com a sua. A minha? HÁ! Quem sou eu pra te dizer o que fazer, quando nem eu sei o que fazer com meus problemas? Posso só te dizer como funciona a minha cabeça maluca. Posso não saber o que quero, mas tenho certeza absoluta do que eu não quero. Enquanto isso, vou vivendo, aprendendo e absorvendo o que a vida nos oferece de melhor, puro e simples...

20 de jul. de 2010

19 de jul. de 2010

17 de jul. de 2010

É incrível a capacidade que o ser humano tem de ser mal educado!
E ser mal educado pode ser identificado através de vários atos: não comprimentar, não agradecer, não pedir por favor... A falta de uso daquelas palavrinhas mágicas e o desuso da cordialidade como dar a vez para idosos/gestantes/deficientes, se oferecer para ajudar... Enfim, inúmeras maneiras de diferenciar um bem de um mal educado.
Eu convido diariamente com essas pessoas (acredito que todos convivem), mas no meu caso, fico extremamente revoltada e decepcionada com as pessoas que simplesmente levantam e não tiram a bandeja da mesa em fast food. Esse tipo de comportamento é inaceitável para qualquer pessoa, qualquer idade, religião, cor, opção sexual...
Fast food já diz tudo pelo nome, é para ser rápido; é para comprar, comer e ir embora. Nada de ficar 1h batendo papo e quando ir embora deixar tudo para trás como se tivesse garçon para tirar o prato, 100% à disposição deles, agindo como se aquela bandeja já tivesse criado raízes na mesa de tanto tempo que está ali.
Não acredito que essas pessoas façam isso em casa. Será que deixam tudo para as mães/avós/namoradas/afins recolherem? Ou deixam tudo para trás e depois vão só empilhando sujeira em cima de sujeira para sempre? Du-vi-do que o relaxamento seja tão presente assim.
Algumas pessoas pensam que todos estão à serviço deles, que você tem que fazer o que eles acham melhor e que além de tudo você tem que sorrir e ser simpático, concordando com tamanhos absurdos.
Mais falta de educação ainda é ultrapassar uma barreira. Se tem algo indicando que não é para passar, significa que NÃO pode passar tchê!!! Mania que esse povo tem de querer sentar onde não pode, de jogar lixo onde não deve e de gritar: "Me traz guardanapo". Quer guardanapo? Só levo se for para pessoas com incapacidade de ficar andando pra lá e pra cá em meio aos infernais adolescentes que se abancam lá para nada. Se for jovem e saudável, levanta e busca! Com certeza não vai cair os dedos, muitos menos estragar as pernas.
Engraçado é que, se essas coisas acontecem no Brasil é porque o país subdesenvolvido, classe baixa, baixos níveis de educação e tudo mais... Mas lá eu nunca vi um fast food tão sujo como aqui, país de primeiro mundo, diga-se de passagem. Nunca vi pessoas usando ketchup e jogando o sachê no chão. Nunca vi gente fazendo guerrinha de comida, muito menos pulando em cima do balção para pegar alguma coisa (qualquer coisa, porque só pegam para sujar o estabelecimento). Nunca vi ninguém jogar molho nos vidros, tão pouco jogarem a bandeja que comem no chão!

Em primeiro lugar, educação vem de casa!!!

Qual a desculpa aqui? São desenvolvidos demais para retirarem a bandeija? Ou o problema é a lixeira que não vai até os clientes? Será que não sabem que thank you é uma palavra que todo mundo conhece e entende o significado? Será que falar please dói a língua?
Acho que não, sempre usei da boa educação e continuo viva... Viva e tendo que ver esse tipo de coisa.

Só espero que essas pessoas pessimamente educadas não tenham filhos, para que esses não sejam sucessores do mal comportamento.

Ass: uma pessoa humanamente abismada

13 de jul. de 2010

Esses dias me aprocheguei lá na baia dos meus amigos paulistas, me abanquei e pedi pro meu conterrâneo:

- Ô tchê, me vê um amargo aí.

Não sei porque nesse momento um deles teve um baita espanto e pergunta:

- tá pedindo o que mano?

- Um amargo, um chimarrão... Aquilo que a gente tome lá no Sul tchê, põe erva dentro da cuia e bebe a água com a bomba.

- Bomba? Erva? Mano... Isso aqui é uma casa de respeito... Falow!

Até explicar o ocorrido já era noite e tava uma aragem fria de renguear custo lá fora.
Todos sentados perto da janela trovando, começamos a ver um entrevero lá fora, uma bruaca velha saiu correndo do bolicho toda faceira pra encontrar um piá que tava chegando todo esgualepado.
Descemos pra ver o que se passava e o guri começa a contar o causo...

"Um galo velho roubou minha guaiaca que tava em cima do bidê da minha prenda. Achei que a mulher tava a me meter guampa (onde já se viu homem na minha casa), mas ela me contou o sucedido e eu saí atrás do vivente. Subi uma baita lomba atrás do safado, fiz a curva e peguei ele em cima do laço, tava quase a subir no cavalo. Foi uma indiada, mas recuperei meu dinheiro. A mulher veio aqui chorar as pitangas com a mulher do compadre não sei porque"


Entenderam?
Viu, não é necessário a tecla sap pra entender o gauchês, como dizem meus amigos por aqui...

uma professora de inglês que gosta de contar...

conto a partir de hoje, os dias
73...

12 de jul. de 2010


Mãos ao alto, professora

Jornal Correio do Povo, de Porto Alegre-RS, página 4 da edição de 17.06.2010



www.correiodopovo.com.br

juremir@correiodopovo.com.br

As palavras mudam de sentido. Muda uma letra, ou duas, e muda tudo. Craque virou crack. Vida de professor transformou-se em atividade de alto risco. Uma professora foi assaltada, em Porto Alegre , dentro da sala de aula, por um adolescente armado com um revólver enferrujado, calibre 32. O guri era ex-aluno da escola. Houve um tempo, perdido nas brumas do passado, em que professores e salas de aula eram sagrados. Levava-se maçã para a professora. Muitas vezes, a professorinha era o primeiro amor, idealizado, impossível, platônico, de um menino. A sala de aula era o lugar da autonomia do mestre, um templo, um palco, a esfera maior do conhecimento. Acabou.

As balas de hoje destinadas aos professores são de revólver. A situação é tão melancólica, para bem e para mal, que o assaltante não tinha munição. Roubou R$ 10,00 da professora. Essa quantia diz muito, diz tudo, grita como o sintoma de uma doença grave, um mal que está aí, bem aí, mas vai sendo empurrado com a barriga. Talvez a professora assaltada seja uma pessoa sensata, aos 58 anos de idade, e não vá para a escola com muito dinheiro na bolsa. Ou quem sabe, escolada, como todos nós, carregue apenas o dinheiro do transporte e o dinheiro do ladrão. Mais provável é que uma professora, na metade do mês, não tenha mais do que R$ 10,00 para carregar no bolso. Esse é o estado das coisas, o estado ao qual chegamos, o caos.

E os governos, que ainda não fizeram a parte deles, não garantiram sequer a integridade dos professores, desandam a falar em meritocracia, transferindo para os professores, que ganham pouco e são agora assaltados dentro das salas de aula, a responsabilidade pela falência do sistema. Ao defender a tal meritocracia, os tecnocratas e os políticos, falsamente racionalistas, estão dizendo que se algo vai mal é por culpa da preguiça ou da incompetência dos professores. Essa é uma das maiores infâmias destes dias melancólicos em que, paradoxalmente, fala-se em sociedade da informação, mas se faz do saber uma categoria de quinta classe. Escolinha como objeto de desejo de pais e alunos , só de futebol. Nelas, talvez o mestre ainda seja respeitado e receba doces. Nem que seja por medo de se perder lugar no time.

Eu ainda sonho com um Brasil voltado para a escola como espaço sagrado. Isso só acontecerá a partir do momento em que se considerar o ensino como primordial e os salários forem melhorados a ponto de alterar a vida cotidiana e cultural dos mestres. Um professor precisa ganhar o suficiente para comprar livros todo mês, ir ao cinema, ao teatro, a shows, a bons restaurantes, viajar e sempre ampliar horizontes. Quem não valoriza, não pode cobrar desempenho. Mesmo assim, como se diz popularmente, os professores desempenham, "na moral". Sonho com o dia em que será impossível um ex-aluno ou um aluno apontar uma arma para uma professora. Por respeito, por veneração, por amor. Ou, cinicamente, sonho com o dia em que, ao menos, a professora terá R$ 50,00 na sua bolsa.

11 de jul. de 2010




"Quando estou só, sozinha..." penso em coisas boas, e coisas boas são minha cama, chocolate e suco de laranja. Penso em dinheiro, pés descalços na grama, amigos e chimarrão. Penso também em pastel, sagu, pudim e todas as guloseimas que eu ainda sinto o gosto, embora 9 meses sem comer. Coisa boa é o barulho da chuva que desejo ouvir logo mais, folga na segunda e acordar com meu amor. Penso e penso muito, e penso mais a cada momento...

Quando penso, lembro das coisas boas que me esperam, fofoca com as amigas, compras, festinhas e bebidinhas pra dar uma descontraída. Penso também nas coisas boas que vivi aqui, as coisas que vivenciei, pessoas que conheci e momentos que suspirei.

Ai coisa mais boa do mundo poder olhar para trás e pensar que fiz tudo certinho, mesmo não tendo premeditado o certo ou errado. Pensar que o certo pode continuar no caminho que está e que o errado passa bem longe de mim.

Isso, pelo simples prazer de um dia acordar e querer "mandar flores ao delegado", desejar bom dia e sorrir pelo simples fato de viver. Pense nisso...
Em um domingo, cansada após trabalho, com dor de cabeça, a única coisa que eu queria era ir para casa, tomar um banho e cama!
Foi aí que eu passei na frente de um bar e vi quatro amigas sentadas jogando conversa fora. Nesse momento, minha vontade foi ir pra casa de Porto Alegre!!! Saco...


Todo mundo me avisou que ia ser difícil enfrentar as barreiras culturais, entender os diferentes sotaques, adaptar-se à comida e à rotina, mas ninguém me avisou que ia ser tão difícil ficar longe das amigas.
As de verdade, aquelas pra toda hora, pra todos os dias...
Aquelas de ficar horas no telefone, ou de enviar sms de graça, (afinal, amigas compram seus celulares na mesma operadora).
Ninguém me avisou que seria tão difícil querer se expressar com alguém e não conseguir, pelo simples fato de querer dividir certos momentos com velhas amigas, as amigas de sempre, para sempre...

4 de jul. de 2010

Em seu primeiro contato, ela chorava... Não de tristeza, mas de raiva por ter perdido. Perdido a linha, perdido a paciência, perdido dinheiro e perdido a esperança de dias melhores no mundo verde. Nunca imaginara o que o destino reservara a esses jovens de origens semelhantes e objetivos diferentes. Com o tempo, entendera que tudo estava traçado e que não adiantava lutar contra (sentimentos, emoções e desejos), e que o importante era viver cada minuto, sendo ele bom ou ruim. Já foi dito antes, pelo menos umas 3 vezes que, o ruim serve de aprendizado e o bom serve para encobrir o não desejado...

Hoje, em um de seus milionésimos encontros, ela sorria...
Resolvera amar intensamente!

2 de jul. de 2010

Pois então, acabou a Copa do Mundo para o Brasil.

Pela primeira vez passei a Copa (ou metade dela) assistindo aos jogos sem a 'terrível' narração do Galvão Bueno. E tenho a dizer que estou feliz - em parte - por isso.
Se apenas lendo os jornais online do Brasil já estava de saco cheio do tal de "cala a boca Galvão" e das benditas vuvuzelas... Provavelmente já estaria estressada se tivesse ouvindo ao invés de lendo tudo isso... Oh não! Tenha a santa paciência!

Mas por outro lado, as narrações por aqui para mim são um tanto quando sem graça. Se você não está olhando a tv e apenas ouvindo, só dá pra saber que lá vem algum lance bom porque as torcidas gritam, pois o pobre narrador não se manifesta nunca, nem para mais, nem para menos... Serenidade é seu nome.

Senti falta do mala gritando gooooooooooooooooool infinitamente e da vibração brasileira a cada passo certo.
Hoje, a única manifestação exaltada do narrador foi para dizer que o Brasil estava fora...
O cara passou 90 minutos sem esboçar reação alguma, e quando acaba ele grita Brazil is out!!!!!!!!! O que subentende-se?


Cada um que tire sua conclusão...

1 de jul. de 2010

- Não gosto disso, se eu fosse tu não comprava!

- Ah mas eu gosto tanto...

- Isso é ruim, prefiro o outro...

- Mas o outro é amargo

- É por isso que eu gosto, me identifico.

- E eu me identifico com o doce.





Tempos depois...




- Estranho, jurava que tinha comprado e que tinha deixado-o aqui.

- Eu comi...

- Mas era doce!

- É que não quis gastar o meu.


Moral da história: Avareza x Ela mesma