30 de jan. de 2012

já ouvi muitas críticas porque sou filha única, dizem que sou mimada.
bem, sou mimada sim. minha mãe nunca me deixou faltar nada graças à deus. sempre me deu muito amor, carinho e instrução. sempre me mostrou o que era certo e o que era errado. me ajudou a diferenciar as pessoas boas das ruins.

quando eu ouço essas críticas de que uma pessoa ser mimada é um defeito crucificador, tenho vontade de falar tantas verdades que me ferve o sangue; mas como sou educada, acabo ficando quieta para não me estressar mais.

pois bem. sou uma filha única e mimada que nunca teve nada de mão beijada. sempre trabalhei, sempre lutei para alcançar meus objetivos. nunca esbanjei dinheiro ou ostentei uma vida de aparência. abri mão de muitas coisas para poder vir para a irlanda. 
aqui eu ando a pé, pago aluguel, faço as compras no mercado com mochila e caminho umas boas quadras cheia de sacolas pesadas so-zi-nha. limpo minha casa, lavo minha roupa, cozinho minha comida. divido casa, pior, divido quarto! e ainda estamos vivos, e somos amigos.

sei dividir, sei ajudar. trabalho em um lugar com pessoas de difícil convivência. atendo gente chata, gente realmente mimada que tem o rei na barriga. limpei banheiros sujos inúmeras vezes, aguento gritos sem motivo, injustiças, preconceito.

pago minhas contas. nunca peço dinheiro para ninguém. procuro incomodar minha mãe o mínimo possível. pago festas, viagens, roupas, sapatos, almoços e jantares. e pago tudo com muito sorriso no rosto pois é tudo fruto do meu trabalho, do meu esforço.

tenho manias chatas? é óbvio que tenho, sou humana e gosto das coisas do meu jeito. mas e quem não gosta? quem abre mão do seu jeito para fazer do jeito do outro? me apresente esse ser divino por favor, pois não conheço.

se me pedem ajuda, faço o impossível. se me pedem dinheiro, faço as contas. se estão com frio, dou meu casaco. se estão com fome, divido meu lanche. se estão triste, dou meu ombro.

o problema é que além de ser independente, deixo claro que gostaria que as pessoas fizessem por mim a mesma coisa que faço por elas. mas como sou filha única, acabo me tornando uma pessoa reclamona, chata e mimada aos olhos de alguns idiotas, antes de me conhecerem realmente.

29 de jan. de 2012

e tem aqueles dias cinzas e chuvosos intermináveis na minha amada ou nem tanto irlanda. dias que não parecem dias, mas sim noites eternas e molhadas. acordei e estava escuro. barulho de chuva em uma sacada que não é minha. sentada na sala, tomando um chimarrão, consegui ver porto alegre em seus dias tristes... domingos depressivos que parecem estar ali apenas para atordoar as almas perdidas que vagam sem rumo na ilha verde. e o rumo de hoje, foi o de casa.


28 de jan. de 2012




não adianta explicar o que se passa aqui dentro
quando o problema na realidade está do lado de fora

20 de jan. de 2012

todo início de ano fazemos aquelas promessas à nós mesmos de coisa que devemos fazer, concluir, aprimorar na nossa vida. na maioria das vezes, coisas que prometemos no ano anterior e não fizemos, seja por preguiça, falta de tempo, coragem, grana, esquecimento ou por motivo nenhum mesmo, e que sempre arrumamos alguma desculpa esfarrapada para justificarmos nossas 'falhas' pessoais, afinal, essas promessas não são para ninguém além do nosso ego.

enfim... uma das minhas inúmeras promessas para 2012 seria cozinhar mais, isso mesmo, cozinhar; já que em 2011 trabalhei demais e deixei as panelas de lado, trocando o forno pelos fast-foods gordos e deliciosos de dublin.
prometi uma vida mais saudável, acordar cedo, dieta balanceada e comida caseira, feita por mim (ha ha).
acreditem ou não, já estamos no dia 20 e eu ainda estou trabalhando para cumprir as promessas e por algum motivo bobo (cof cof) as pessoas não acreditam quando eu digo que acordei as 8 da manhã em um dia que eu trabalho as 5 da tarde.

bem, acreditando ou não, estou tentando.
mas como nem só de coisas saudáveis vive o ser humano, meu jantar foi sopa e de sobremesa, cupcakes.


5 de jan. de 2012



um amigo diz que eu tenho dedo nervoso
que tiro muitas fotos
e é pecado
querer registrar as belezas do mundo?
viajar é bom, mas fazer a mala é um tormento. pelo menos para mim.
quando eu encontrar a fada madrinha vou pedir uma mala mágica. uma bem bonita, vermelha, tamanho médio e super leve. e que cada vez que eu a abra, eu tire de dentro exatamente o que eu quero vestir, sem estar amassado. com os acessórios combinando, o sapato de salto (mas que dê a sensação de estar usando havaianas) e toda a parafernália que mulher usa geralmente... maquiagem, secador de cabelo e tal.
porque, vamos combinar... fazer mala é muito difícil.
quanto mais longa a viagem então, maior a complicação do 'o que levar'. se for frio, complicou duas vezes. roupa de inverno faz muito volume. se calor, complicado também, roupa de verão é leve, não ocupa muito espeço e temos a errada ideia de que podemos levar mais coisas. e se a viagem for aqui pela europa, de ryanair, ha! esquece tudo.

a cada férias que passa eu melhoro um pouco, carrego menos coisas e basicamente uso 98% do que carrego. mas confesso ser muito difícil programar modelitos. a temperatura muda, eu não tenho noção de calor, frio ou muito frio. sempre esqueço algo essencial. sempre! mas e quem nunca esqueceu nada, né?

mas pior que esquecer na ida, é esquecer na volta. as últimas viagens me deram um prejuízo considerável: celular, óculos de grau... mas é a vida.
viajar é bom, então mãos à obra que a mala (vazia) me espera para ser estufada.

4 de jan. de 2012


a gente cansa de dizer que se expressar em inglês não é a mesma coisa. não nos fazemos entendidos, por maior que sejam os esforços. a começar pela saudade. sem explicação do que é saudade, de como dói e em que momento sentimos. e embora o objetivo seja sempre aperfeiçoar o inglês, a saudade de uma boa leitura em português faz falta. e as encomendas do país já tropical foram feitas.

quem tiver uma boa dica, mande-a. com marcador de páginas também, ok?

1 de jan. de 2012

no ano passado eu mudei de casa. visitei 6 países. fiz muita, muita, muita festa. bebi. entrei na academia. adotei uma alimentação saudável. revi amigos queridos. dei tchau a amigos queridos. chorei de saudade. chorei de felicidade. esqueci um amor. reapaixonei. atingi objetivos. trabalhei muito. comi muito. cozinhei pouco. dormi pouco. deixei o cabelo crescer. pintei o cabelo. fui a um casamento. vi barrigas crescerem. vi crianças nascerem. fiz amizades virtuais. experimentei coisas diferentes. briguei pouco. consolei muitos. ri exageradamente. respirei fundo e contei até 10 com menor frequência. tomei banho de chuva. vi e brinquei na neve. tomei chimarrão com mais frequência. tomei vinho nas escadas. vi minha mãe. vi máscaras caírem. vi anjos se revelarem. abracei infinitas vezes. perdoei. cantarolei pelas ruas. fui chamada de louca pelos normais.

e sobretudo, fui tão tão tão feliz... acabei atropelada pelo tempo e não consegui fazer mais coisas, mas já me sinto vitoriosa de ter finalizado mais um ano por aqui.

feliz 2012.