30 de mai. de 2012

sabe quando a gente mora no brasil e fica imaginando como seria o verão na europa? imagina como seriam os parques, as pessoas, o solzinho brilhando e tudo mais. um frappuccino bem geladinho...
pois bem, pela primeira vez posso dizer vivi o verão de perto.
nunca consegui imaginar que eu morando na irlanda, que tem a fama (verdadeiríssima) de ser um país frio e chuvoso durante quase o ano todo, que iria tomar banho de sol. pois agora, "sofremos" com o calor de 21 graus.
aí você pensa que 21 graus é nada. sim, é nada em nível de brasil, mas muito para nós aqui. dá para suar, andar de roupas curtas, havainnas e ir para a praia. 
sim, temos praias aqui, com água geladíssima, mas muito simpáticas. e os banhos de sol no parque podem ser de bikini, ou de sutiã mesmo, porque afinal, aqui quase tudo pode.
pena que o verão veio e já foi.
dias cinzas, vocês não são bem-vindos.

29 de mai. de 2012

diálogos memoráveis (1): no ambiente de trabalho


- onde estão meus sapatos?
- não sei, onde você os deixou?
- não lembro... procura pra mim.
- não posso, estou ocupada.
- eu te faço responsável por achar meus sapatos!
- e eu te faço responsável por manter seus sapatos nos pés.


é cada um que aparece...

24 de mai. de 2012

para ler ao som de never let me go: http://migre.me/9d4W6


relutei por muito tempo, escondi de todos e tentei esconder de mim mesma. aquele amor guardado por tantos anos hoje resolveu vazar por meus poros sem controle algum. não consegui mais suportar sua falta. essa ausência e silêncio me consumiam dia após dia. que dor! mas não consegui barrar tamanha felicidade. dei um grito sublime e deixei-me apaixonar. foi impossível ignorar tamanho arrepio ao vê-lo pela manhã. minhas pernas tremiam. minhas mãos suavam. ele, quando me olhou, iluminou todo meu rosto, colocando vida em minha face cansada. pulei da cama para me jogar em seus braços com a vontade de nunca mais sair. corri para rua. pés descalços pisando na grama fresca. os pássaros cantarolavam no meu ouvido melodias de amor com um pio suave que enfraquecia a alma até mesmo dos mais brutos. fiquei ali sentada admirando seu brilho, seu calor, sua cor dourada do pecado. aquele momento era meu, só meu. e ficará para sempre na minha memória. bem vindo meu sol.

17 de mai. de 2012

tem algumas coisas que eu nunca parei para pensar. coisas do tipo, onde morar, casamento, filhos e afins. sempre vivi muito o hoje sem longos planos. o único plano que sempre fiz foi viajar, correr o mundo e tal.
mas esses ultimos dias tem sido diferentes. uma amiga em uma de suas crises existenciais, homesick e de tpm resolveu conversar com outra amiga sobre seu futuro. ela com 3 ou 4 anos a menos que eu começou a se questionar sobre se voltar a morar no brasil seria uma boa, se continuar na mesma cidade seria bom para sua profissão e se um dia ela encontraria um homem correto que a amasse, que ela amasse também e que juntos construissem uma família, incluindo filhos no plural.
odiei ela ter compartilhado essas dúvidas comigo, afinal, eu sendo mais velha deveria me preocupar com essas coisas também. mas filhos nunca fizeram parte dos meus planos.
ok, problema jogado em uma gaveta qualquer (pelo menos até chegar no brasil). decidi não pensar nisso.

mas e aí, será que levo jeito?

Cillian, bebê da Ridel :)

se sim ou se não, treino com o bebê da amiga que é tão tão tão fofo que quase trouxe para casa.

11 de mai. de 2012

a gente não deveria julgar o livro pela capa, nem pelo título. mas quem aí nunca fez pré-julgamento de nada?

estava eu trabalhando no pub quando vem um engraçadinho (bem do sem graça aliás) e me pergunta se eu sou brasileira. eu, anti-social mor fui meio grossa na resposta e saí a passo. o moço, não se sentindo satisfeito em perturbar minha tpm decidiu me seguir até o segundo andar para se fazer visível diante dos meus olhos.

ficou ali bebendo e bebendo e bebendo pra sempre. e eu fazendo de tudo para não precisar passar por ele, afinal, cristiane em dia de tpm pede para o segurança colocar para fora quem está xaropeando.

eis que meu chefe me deu um trabalho administrativo super gostoso. fiquei ali de cabeça baixa concentrada no que estava fazendo e cantarolando essas músicas irlandesas que já sei de cor e mais que salteado.

foi quando me dei conta que estavam tocando nada mais nada menos que gilberto gil - não chore mais. foi para calar minha boca. o tal brasileiro mala deu um show no vocal, foi aplaudido por todos e a noite foi encerrada assim, com um tapa na minha cara.

o mínimo que eu poderia fazer era dar os parabéns e me redimir pelo mau humor. o brasileiro estranho e bêbado foi o que salvou a noite e a mesmisse de sempre.

9 de mai. de 2012

bom senso é uma das coisas que todas as pessoas deveriam ter.

não sei como andam as coisas no brasil, mas aqui em dublin o bom senso passou longe, e muito. talvez não tenha conseguido atravessar o oceano, vai saber.

falta bom senso no gerente que protege seus preferidos descaradamente e deixa de lado os demais meros trabalhadores - vulgos otários. 

falta bom senso de quem grita por nada, de quem reclama de barriga cheia e de quem faz algo pensando em receber algo em troca.

falta bom senso das mulheres. querem ir para pubs vestidas para matar. e devem matar mesmo, as mães de desgosto. e de um desgosto profundo. meninas novas que tinham tudo para serem bonitas, vestindo saias extremamente minúsculas, saltos 20", maquiagem excessiva e que, quando bebem, nada para no corpo: roupa, saltos ou maquiagem. perder a linha dessa maneira não dá.

falta bom senso nos homens que quando bebem peidam desenfreadamente nos pubs poluindo o ar que já nem era tão puro assim (devido à falta de banho de alguns). falta também bom senso naqueles que quando bebem viram machos extremos, ou gays-amigos. é uma agarra-agarra sem tamanho, um tal de mão na bunda dos 'amigos' que nunca vi igual. até dedos em lugares inapropriados para esse blog.

falta bom senso das pessoas que reclamam da falta de ajuda dos demais, como se todo mundo tivesse a obrigação de ajudar o tempo todo, e como se esse que reclama ajudasse outras pessoas também.

falta bom senso do cidadao que joga lixo no chão, sendo que aqui tem uma lixeira em cada quadra. falta bom senso dos que deixam seu lixo em qualquer lugar: ônibus, trem, cinema, parques, etc.

falta também o bom senso das mães que largam seus carrinhos de bebês em qualquer lugar - geralmente no meio do caminho - e acham que todo mundo tem que desviar porque o espaço é delas.

mas, apesar de faltar muito bom senso em algumas pessoas, sobra bom senso em outras. como o taxista que viu uma menina bonita de salto procurando um taxi. esse como não poderia fazer a corrida por motivos inexplicados, deu uma carona à moça até o taxi mais próximo, afinal, mulher de salto e rua esburacada não combinam.

2 de mai. de 2012


ficar em emprego, sem dinheiro, sem computador, sem celular, sem familia, sem namorado... a gente ate consegue sobreviver bem. falta sempre um pedaco, mas a gente leva como da. 

nas ultimas semanas eu nao tinha cama.

parece uma coisa tao banal nao ter uma cama e dormir jogada em um canto qualquer, na cama alheia ou no sofa. mas depois que recebi minha nova cama, tive um sono mais tranquilo. agora posso dizer que estou em casa novamente. 

nada mudou... as pessoas sao as mesmas, a rotina e a mesma, mas eu tenho algo a mais. um espaco meu, onde mergulho num mundo individualista com meus pensamentos apenas.

talvez eu esteja ficando velha, ou mais exigente. ja tinha passado um mes pulando de canto em canto, mas dessa vez foi diferente. dessa vez doeu saber que estava sem rumo de certa maneira.

dormimos.